IBGE APURA ALTA TAXA DE
SOBREVIVÊNCIA DE EMPRESA EM 2012
A
taxa de sobrevivência das empresas em 2012 foi a maior desde 2008, informou
nesta quarta-feira, 24, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), no estudo Demografia das Empresas 2012. A taxa de entrada, porém, foi a
menor desde aquele ano. A pesquisa utiliza dados do Cadastro Central de
Empresas (Cempre).
Em
2012, havia 4.598.919 empresas ativas no País, sendo 81,3% delas (3,7 milhões)
sobreviventes. Essa taxa superou a de 2011 (80,8%) e foi a maior desde 2008
(78,2%).
Além
disso, outras 860 mil empresas entraram no mercado, boa parte recém-criadas,
enquanto uma fatia menor voltou à ativa. Com isso, a taxa de entrada foi de
18,7% em 2012, a menor desde 2008 (21,8%). A taxa é calculada como a proporção
de entradas sobre a população total de empresas no período.
Por
outro lado, 799,4 mil empresas saíram do mercado, o que configurou uma taxa de
saída de 17,4%, menor do que o observado em 2011 (19,0%), mas superior a 2010
(16,3%).
"É
importante observar que o saldo de empresas tem sido sempre positivo,
registrando um número maior de entradas do que de saídas", ressaltou o
IBGE. De acordo com o instituto, 97,2% dos assalariados estavam nas empresas
sobreviventes, enquanto 2,8% estavam nas empresas entrantes no mercado e 1,3%
nas que saíram. Essas taxas apresentaram pouca diferença ao longo dos últimos
anos.
Diante
desses resultados, houve acréscimo de 1,3% no número de empresas (60,6 mil) em
2012, além de avanço de 3,4% no pessoal ocupado total (1,4 milhão) e de 3,7% no
pessoal ocupado assalariado (1,2 milhão), sempre na comparação com 2011.
Setores
O
setor de comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas se
destacou pelo maior volume de entradas e saídas de empresas em 2012. Foram
372,77 mil novas companhias (43,3% do total de entradas), mas 390,23 mil saídas
(48,8%). Já em termos de sobrevivência, 1,796 milhão de empresas dessa
atividade permaneceram ativas na passagem de 2011 para 2012, também no topo da
lista.
Em
termos de taxa de entrada, o destaque foi o setor da construção, em que 58,89
mil empresas responderam por uma taxa de entrada de 27,1%, a maior entre todas
as atividades. O setor foi seguido por eletricidade e gás (26,0%) e atividades
imobiliárias (25,2%). Já as menores taxas de entrada foram observadas em
indústrias de transformação (14,9%), saúde humana e serviços sociais (16,9%) e
comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (17,2%).
Já
na taxa de saída, o destaque foi o segmento de outras atividades de serviços,
cuja saída de 30,137 mil empresas representou uma taxa de saída de 26,2%.
Outras taxas de saída consideráveis foram observadas em informação e
comunicação (19,8%) e alojamento e alimentação (19,0%). Já as menores foram
verificadas nas atividades de saúde humana e serviços sociais (10,1%), atividades
imobiliárias (12,5%) e educação (13,3%).
O
pessoal assalariado sem nível superior formava grande parte da população
ocupada das empresas que entraram (93,8%) e saíram (94,2%) do mercado em 2012.
Essa fatia é superior ao observado no conjunto de todas as empresas (89,5%),
segundo o IBGE.
Fonte:
http://www.dci.com.br/
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