AJUSTE COMEÇA COM CORREÇÃO NA TABELA
DO IR
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Os ministros Joaquim Levy, nomeado para a
Fazenda, e Nelson Barbosa, indicado para o Planejamento, devem começar o
ajuste fiscal com uma nova desoneração tributária, exatamente o oposto do que
se espera. É que o governo se prepara para editar até o fim do ano uma medida
provisória (MP) que corrige a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física
(IRPF) com o objetivo de cumprir a promessa feita em rede de rádio e TV pela
presidente Dilma Rousseff, durante discurso do Dia do Trabalho.
A avaliação, nas áreas política e econômica, é
que não há condições de recuar na decisão, mesmo que isso represente aumento
de R$ 5,3 bilhões nas despesas do ano que vem, segundo os cálculos da
Fazenda. Além do prejuízo à imagem da presidente, essa seria mais uma ação na
contramão do discurso de campanha, quando a candidata petista acusou o PSDB
de promover arrocho salarial. Assessores também lembram que a medida agrada à
classe média, eleitorado que anda descontente com o PT.
"A correção de 4,5% na tabela do imposto de
renda é um grande ganho para a população e não é algo que comprometa o ajuste
fiscal prometido", diz o vice-líder do governo na Câmara dos Deputados,
José Guimarães (PT-CE).
A MP que concedia o reajuste de 4,5% nos valores
de isenções da tabela do IR não foi votada no prazo e perdeu a validade no
fim de agosto. Nesses casos, o governo fica impedido de editar uma nova MP
tratando do mesmo assunto durante o ano legislativo. A primeira alternativa
era incluir a correção do IR como emenda em outra medida provisória que está
em tramitação.
O assunto chegou a ser discutido pela área
técnica da Fazenda com o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), relator da MP
656/2014, mas, com apenas três semanas para o início do recesso legislativo,
a estratégia mudou. As chances de o Congresso votar as MPs em tramitação são
pequenas. Além disso, a inclusão do IR na discussão de matérias já em
andamento poderia dificultar a tramitação das outras MPs.
Por isso, a nova medida provisória que elevará os
limites de isenção do IR será editada depois do dia 22 de dezembro, quando
termina o ano legislativo. Dessa forma, o governo estará cumprindo a
determinação constitucional e, ao mesmo tempo, ganhará tempo para defender a
ideia no Congresso.
A edição da MP no fim de dezembro significa que
os prazos de tramitação do projeto só começarão a ser contados em fevereiro,
quando deputados e senadores retomam os trabalhos. Com isso, a medida
provisória só perderá validade em maio de 2015. Com esse prazo mais elástico,
as lideranças do governo acreditam que será possível negociar a votação com a
base de apoio no Congresso.
A correção da tabela de IR proposta em maio era
de 4,5%, a meta de inflação prevista para o ano. Com isso, a parcela isenta
de tributação passaria dos atuais R$ 1.787,77 para R$ 1.868,22 no ano que
vem. A proposta inicial do governo também elevaria os limites de isenção para
aposentadorias e pensões, a dedução anual com instrução e dependentes e o
valor da dedução para quem declara por meio do formulário simplificado.
A perda de receitas com a correção da tabela do
IR terá que ser compensada de alguma forma no projeto de ajuste fiscal em
elaboração pelos ministros nomeados para o segundo mandato. Levy e Barbosa
trabalham em cortes de gastos mas não conseguirão evitar aumentos de
impostos.
A equipe econômica chegou a sugerir, em maio, que
a presidente elevasse a Cide, contribuição que incide sobre a venda de
combustíveis. O ministro Guido Mantega deu declarações falando sobre ajustes
na tributação de bebidas, cosméticos e cobrança de PIS-Cofins sobre produtos
importados.
Nada disso, no entanto, foi adiante por causa do
calendário eleitoral. A presidente avaliou que aumentos de impostos antes da
eleição iriam prejudicar o discurso de campanha e preferiu não levar adiante
as propostas. A maior parte delas integra agora o pacote de medidas que a
equipe de Mantega levou à presidente e que estão sendo submetidas ao crivo
dos novos ministros.
Fonte: Valor Econômico - Via: http://www.sescon.org.br
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PRORROGAÇÃO Tributos Municipais (TFILF, TFP, TLOS e ISSQN)
Guarulhos, 30 de Junho de 2021. COMUNICADO PRORROGAÇÃO Tributos Municipais (TFILF, TFP, TLOS e ISSQN) A Secretaria da Fazenda de Guarulhos prorrogou a emissão dos tributos fixos municipais em razão do estado de calamidade pública provocado pela pandemia do coronavírus. Os tributos cuja primeira parcela venceriam neste mês poderão ser pagos até 31 de agosto. Já a as segundas parcelas, que venceriam em agosto, poderão ser quitadas até 29 de outubro. Os tributos são as taxas de Fiscalização de Instalação, Localização e Funcionamento (TFILF), Fiscalização de Publicidade (TFP), Licença para Ocupação de Solo (TLOS) e o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) para autônomos. É importante que os contribuintes acompanhem o Diário Oficial do município para ficar por dentro de todas as medidas tomadas pela Prefeitura. Sendo assim pedimos a compreensão de todos, pois as guias serão enviadas tão logo seja possível. Atenciosamente, Fiel Empresa Contábil Ltda.
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