Propostas
vão de ajustes tributários à possibilidade de resgate parcial dos saldos
O
Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) realizou nesta
segunda-feira (4), em Brasília, a 14° Reunião Ordinária do colegiado. Na
reunião, foram apresentadas propostas de ajustes tributários direcionados,
sobretudo, aos planos instituídos de previdência complementar, que são aqueles
formados por membros de associações de classe.
Além disso, foram discutidas propostas de ampliação da qualificação
técnica de dirigentes de entidades fechadas de previdência como mecanismo de
maior profissionalização da atividade. De acordo com secretário de políticas de
Previdência Complementar do Ministério da Previdência, Jaime Mariz, a ideia é
garantir que administração dos fundos seja caracterizada unicamente por
critérios técnicos. A reunião foi marcada ainda pela posse dos novos membros do
CNPC, nomeados no último mês de julho.
Um dos projetos apresentados na reunião pretende atingir os
participantes de planos instituídos de fundos de pensão que declaram Imposto de
Renda pelo modelo simplificado – e que representam a maior parte dos
contribuintes –, além daqueles que optam por contribuir para os planos com mais
de 12% dos seus rendimentos brutos.
Foi apresentada ainda uma proposta que pretende ampliar o prazo
concedido aos participantes para que definam se vão optar pela tabela
progressiva – mais vantajosa no curto prazo – ou regressiva de Imposto de
Renda, mais benéfica aos participantes no longo prazo.
De acordo com o secretário-adjunto de Políticas de Previdência
Complementar do Ministério da Previdência, José Edson da Cunha Junior, esses
projetos de ajustes tributários foram apresentadas ao Conselho com o objetivo
de garantir maior atratividade aos fundos de pensão e desse modo estimular o
mercado. Essas propostas vão resultar na elaboração de um projeto de lei que
deve ser encaminhado ao Congresso Nacional nos próximos meses.
Outra inovação proposta nesta segunda-feira foi o projeto
apresentado pela Secretaria de Políticas de Previdência Complementar (SPPC) do
Ministério da Previdência de regaste parcial do saldo de planos instituídos.
Dessa maneira, participantes de fundos de previdência fechada de associações,
sindicatos ou cooperativas poderiam resgatar até 25% dos saldos individuais
acumulados, desde que atendam a determinadas condições, como limite de apenas
um saque até que o participante possa usufruir do benefício ou situações de
doença grave na família, por exemplo.
A medida também depende de aprovação do Conselho. As discussões
devem ocorrer nas próximas reuniões do colegiado, previstas para os meses de
setembro e dezembro deste ano. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), existem atualmente no país mais de 16 mil
sindicatos e 6 mil cooperativas – que possuem juntos mais de 29 milhões de associados
– e que representam públicos potenciais para a criação de planos
instituídos de Previdência Complementar.
Conselho
Criado pela Lei nº 12.154/2009, o CNPC
é responsável pela regulação do regime de previdência complementar brasileiro,
composto hoje por 332 entidades fechadas de previdência complementar e 1.129
planos de benefícios. O Conselho é integrado por oito membros entre
representantes do governo federal, das entidades fechadas de previdência
complementar, dos patrocinadores ou instituidores dos planos de benefícios e
dos participantes e assistidos. Atualmente, o patrimônio dos fundos de pensão
do país chega a R$ 626 bilhões, o que representa aproximadamente 14% do PIB
brasileiro.
Fonte: http://www.previdencia.gov.br/
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