INFLAÇÃO
OFICIAL ACUMULA ALTA DE 7.7% EM 12 MESES, A MAIOR TAXA DESDE 2005
Habitação
Alimentação
No acumulado de 12 meses, o índice ficou em 7,68%, acima dos 7,13% dos 12 meses anteriores. Em fevereiro de 2014, o INPC foi de 0,64%.
Fevereiro
teve a maior taxa para o mês desde 2003: 1,22%.
O destaque do mês ficou com a gasolina; os preços subiram 8,42%.
A inflação oficial do
país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 1,22%
em fevereiro, depois de avançar 1,24% em janeiro, segundo o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior taxa para meses de
fevereiro desde 2003, quando ficou em 1,57%.
No acumulado de 12 meses,
o indicador acumula alta de 7,7%, a mais elevada desde maio de 2005, quando
atingiu 8,05%. Em fevereiro do ano passado, o índice foi de 0,69%. No acumulado
de 2015, a inflação ficou em 2,48%, acima do percentual de 1,24% registrado em
igual período de 2014.
Gasolina é destaque
O destaque do mês ficou
com a gasolina. Os preços subiram 8,42%. Refletindo aumento nas alíquotas do
PIS/Cofins, que entrou em vigor em 1º de fevereiro, a gasolina exerceu um
impacto de 0,31 ponto percentual, sendo responsável, sozinha, por um quarto do IPCA,
ou seja, 25,41%. Assim, os gastos com transportes subiram 2,2%, grupo que
apresentou o mais elevado impacto no mês (0,41 ponto percentual), segundo o
IBGE.
Com isso, a estimativa do
mercado para o IPCA de 2015 segue acima do teto do sistema de metas. A meta
central de inflação para este ano e para 2016 é de 4,5%, com tolerância de dois
pontos para mais ou para menos. O teto do sistema de metas, portanto, é de
6,5%. Em 2014, a inflação somou 6,41%, o maior valor desde 2011.
Educação
Considerando os nove grupos
de produtos e serviços pesquisados, a variação mais elevada foi registrada no
grupo educação, que atingiu 5,88%, refletindo os reajustes praticados no início
do ano letivo, especialmente nos valores das mensalidades dos cursos regulares,
que subiram 7,24%.Habitação
Outro impacto veio do
grupo habitação, cuja variação foi de 1,22%, com destaque para energia
elétrica, que registrou variação de 3,14%. A variação de preços na conta de luz
refletiu movimentos nos valores dos impostos e parcela residual da aplicação do
Sistema de Bandeiras Tarifárias sobre as contas, a partir de 1º de janeiro.
Despesas e cuidados pessoais
O grupo despesas pessoais
teve variação de 0,86%, e o item cigarro foi um dos destaques. Após reajustes
desde o ano passado, a variação do item foi de 1,16%. Também se sobressaíram os
itens excursão (6,93%), cabeleireiro (1,09%) e manicure (1,04%). No grupo saúde
e cuidados pessoais, que teve variação de 0,6%, destacaram-se os serviços
médicos e dentários (1,14%) e os artigos de higiene pessoal (0,89%).Despesas e cuidados pessoais
Residência
No grupo dos artigos de
residência, que variou 0,87%, a alta foi puxada pelos eletrodomésticos, cujos
preços se elevaram em 2,15%, e pelos serviços de conserto e manutenção de
equipamentos domésticos, que subiram 1,70%.Alimentação
O grupo alimentação e
bebidas variou 0,81% e, segundo o IBGE, observa-se redução no ritmo de
crescimento de preços, comparando-se com a taxa de 1,48% registrada no mês
anterior. Os alimentos consumidos fora de casa (0,95%) tiveram aumentos acima
dos consumidos em casa (0,74%).
Queda
Dois grupos tiveram queda
no índice de fevereiro: vestuário, de 0,6%, reflexo das promoções ocorridas no
mercado, e comunicação, de 0,02%, devido à redução média de 22% nas tarifas de
telefonia fixa para móvel, a partir de 24 de fevereiro, de acordo com o IBGE.Queda
INPC
Nesta divulgação, o IBGE
também apresentou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que
apresentou variação de 1,16% em fevereiro, 0,32 ponto percentual abaixo do
resultado de 1,48% em janeiro.No acumulado de 12 meses, o índice ficou em 7,68%, acima dos 7,13% dos 12 meses anteriores. Em fevereiro de 2014, o INPC foi de 0,64%.
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