RECEITA PÕE NA MALHA FINA
26 MIL EMPRESAS
Em relação a variações patrimoniais não declaradas de pessoas físicas, a Receita Federal revelou que sua área de inteligência se utiliza de todos os meios disponíveis, incluindo redes sociais, para apurar indícios de pessoas com mais posses do que as informadas em suas declarações.
Fonte: Agência Brasil - Via: http://www.sescon.org.br/
A
Secretaria da Receita Federal informou hoje (5) que implementou este ano uma
malha fina para pessoas jurídicas no Imposto de Renda, como já existia para
pessoas físicas. Segundo o secretário de Fiscalização da Receita, Iágaro Jung
Martins, 26 mil empresas receberam, na semana passada, um aviso comunicando
inconsistências em declarações, demonstrativos e outras informações
apresentadas ao órgão no ano-calendário de 2012. No total, os valores das
inconsistências chega a R$ 7,2 bilhões.
Ao
receber o aviso, a empresa deve entrar no Centro de Atendimento Virtual (e-CAC)
da Receita para saber quais as inconsistências apontadas, e tem prazo de 90
dias para acessar os dados e regularizar a situação. Ela faz uma declaração
retificadora e paga a diferença, sem multas, que normalmente variam de 75% a
225%. Caso considere que não há inconsistência, pode não retificar e aguardar a
fiscalização do órgão.
De
acordo com Martins, o objetivo da malha fiscal sobre pessoa jurídica é
estabelecer nova relação de transparência entre o Fisco e as pequenas e médias
empresas, com menor capacidade contributiva, uma vez que outra estratégia já é
aplicada para grandes empresas. O subsecretário observou que haver
inconsistências nas 26 mil empresas não significa que todas tenham problemas,
pois há apenas um cruzamento preliminar, e avalia que o instrumento tratá
benefícios para os dois lados.
"A
vantagem para a Receita é que, atualmente, 90% [das empresas autuadas] impugnam
e vão discutir isso por seis, sete anos, e, agora, viabilizamos uma arrecadação
espontânea. Para o contribuinte é um baita negócio, porque evita ser autuado,
evita a geração de passivo tributário, que depois vai ter que buscar recurso
para financiar a autuação", explicou Martins.
O
subsecretário também informou que 100% dos contribuintes alvos da fiscalização
da Receita, em 2015, já foram identificados. São 46 mil contribuintes, pessoas
físicas e jurídicas, com indícios de irregularidade. Destes, 9.478 empresas e
5.073 pessoas físicas, que representam 65% da arrecadação federal, estão sendo
monitorados.
Entre
as principais operações de fiscalização em 2015 estão as de amortização
indevida de ágio e a não apresentação dos ajustes contábeis do lucro
societário, com base na nova contabilidade sob Regime Tributário de Transição.
O Fisco também está de olho na tributação em bases universais (lucros no
exterior), na movimentação financeira incompatível (2.500 contribuintes
fiscalizados) e nas omissões de registros de vendas e transferências
internacionais de jogadores de futebol.Em relação a variações patrimoniais não declaradas de pessoas físicas, a Receita Federal revelou que sua área de inteligência se utiliza de todos os meios disponíveis, incluindo redes sociais, para apurar indícios de pessoas com mais posses do que as informadas em suas declarações.
Fonte: Agência Brasil - Via: http://www.sescon.org.br/
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