SE VOCÊ NÃO SABE BEM PARA QUE SERVE NETWORKING VAI ENTENDER AGORA
 
Uma história real e com exemplo prático de como o investimento na rede de contatos rende frutos na vida profissional
 
Quando se viu sem novas oportunidades no departamento em que trabalhava, Daniel Ramalho, profissional da área de TI voltou sua atenção para o exterior. “Minha vontade profissional era a de sair de onde eu estava, conseguir uma experiência internacional e voltar mais forte para competir no mercado local”, conta ele que na época tinha 29 anos.
 
Com o foco na carreira no exterior, a atuação, estrategicamente baseada em networking, foi interna. “Porque o processo de contratação sempre é mais fácil, uma vez que todos já conhecem seu trabalho”, explica Ramalho. Assim, dentro da mesma empresa em que trabalhava, ele se candidatou para uma oportunidade na Inglaterra.
 
E-mails, conversas de corredor com gerentes e profissionais das áreas de recursos humanos. Ramalho não poupou esforços, investiu na rede de contatos criada ao longo da trajetória na empresa e conquistou uma vaga de seis meses no escritório da Inglaterra.
 
Sem as conversas intermediárias e o investimento em networking, ele acredita que não teria conseguido atingir seu objetivo naquela época. “E isto vale para qualquer empresa porque tudo depende de pessoas e pessoas tem prioridades, urgências e agendas que não são necessariamente a sua, por mais justo que seja todo o processo”, explica.
 
Depois de seis meses de estágio, Ramalho voltou ao Brasil, mas não encontrou grandes desafios por aqui. Conclusão: após mais uma rodada de networking conseguiu, um ano depois ser contratado para uma vaga efetiva na Inglaterra e lá está desde então. Hoje  com 39 anos, Ramalho ocupa o cargo de global IT service delivery supply chain lead na Unilever da Inglaterra.
 
Quem não deve faltar na rede de contatos
 
O contato com as pessoas certas fez a diferença, na opinião de José Augusto Minarelli, presidente da Lens & Minarelli. E por “pessoas certas” ele quer dizer tanto as “pessoas-fim”, aquelas que tomam a decisão de contratar, como também as “pessoas meio” – aquelas que ajudam a obter informações e a se aproximar dos tomadores de decisão.
 
“São três os tipos de pessoas-meio: informantes, que são as pessoas com informações que você precisa ou que sabem quem as tem, os intermediários, que têm como fazer a aproximação entre você e o tomador de decisão e os influenciadores, que emprestam um pouco de seu prestígio para você chegar até a pessoa-fim”, explica Minarelli.
 
Ele explica também como se deve abordar cada uma das pessoas-meio. Ao informante, pergunte. Para o intermediário, a dica do especialista é estimulá-lo para que ele o leve até quem você quer, de fato, conversar. Seja objetivo e diga que busca um contato com tal “pessoa-fim”.
 
Já o influenciador ajuda emprestando seu nome. Minarelli indica citá-lo intencionalmente logo no começo da conversa (que também poder ser por e-mail, telefonema ou mensagem) com a pessoa-fim, ou seja, quem vai bater o martelo sobre sua contratação.
 
Você não é contratado porque quer ser
 
“O depoimento do Daniel Ramalho expressa a natureza mercadológica da obtenção do emprego”, diz Minarelli. Um profissional não é contratado simplesmente porque quer, se mostra motivado ou tem uma porção de pessoas-meio e/ou pessoas-fim em sua rede de contatos. Ramalho conquistou a vaga porque se colocou como um provedor de soluções.
 
Assim, toda a mobilização da rede de contatos rendeu frutos porque Ramalho soube usar os argumentos certos para vender o seu peixe, ou seja, gerar interesse na contratação dos seus serviços.
 
Note: em vez de pedir emprego, é mais estratégico ofertar uma solução. “É preciso inverter o discurso de pedinte (de uma oportunidade profissional) para o de ofertante de conhecimento”, diz Minarelli. Em qualquer lugar, a regra é a mesma: fale sempre de acordo com o interesse do contratante.
 
Fonte: http://exame.abril.com.br

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