SKAF: LEVY NÃO VÊ PROBLEMA EM TERMINAR O ANO COM 1,5 MILHÃO DE EMPREGOS A MENOS
 
Ações do governo brasileiro tendem a aumentar efeitos da crise, diz presidente da Fiesp
A semana começou com crise nas bolsas asiáticas, e a queda se espalhou para os outros países. O epicentro do terremoto foi a China, que viu sua bolsa despencar, caindo mais de 16% entre segunda e quarta-feira.

Mas as autoridades chinesas não tardaram a agir. Cortaram o depósito compulsório dos bancos, reduziram as taxas de juros e aumentaram o crédito, sempre buscando minimizar os efeitos sobre o crescimento econômico, a produção e o emprego da China.

“No Brasil, vimos o oposto. Enquanto o PIB deverá encolher 3% no ano, a política econômica se baseia em aumento da taxa de juros, redução do crédito e aumento de impostos, ou seja, ações que tendem a ampliar os efeitos negativos da crise. Não há nenhum estímulo à retomada da economia”, afirma Paulo Skaf, presidente da Fiesp.

A taxa de juros Selic que começou o ano em 10% aa, já está em 14,25% aa, o que eleva o custo anual da dívida em mais de R$ 120 bilhões. Na semana passada, em reunião com líderes de diversos setores produtivos, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu o aumento de impostos da contribuição da previdência, mesmo alertado de que a medida provocará mais desemprego. “Pelo visto, para o ministro, terminar o ano com fechamento negativo de 1,5 milhão de empregos a menos parece não ser um problema”, conclui Skaf.

Fonte: Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo

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