Empresas valorizam funcionários e buscam manter "pratas da casa"

 
Eles conhecem a empresa como a palma da mão e acompanharam grande parte de todo o desenvolvimento. Os veteranos são colaboradores que, além de armazenarem um precioso conhecimento e experiência, criaram uma ligação de afeto com o local de trabalho, têm pleno domínio sobre os serviços que executam e conhecem processos de outras áreas.

Com a rotatividade nas empresas aumentando a cada dia, reter os colaboradores se tornou um dos grandes desafios dos CEOs. De acordo com a pesquisa da PwC Brasil "Geração do milênio no emprego - Reformulando o ambiente de trabalho", a nova geração está mais propensa a isso: em 2008, apenas 10% dos pesquisados esperavam ter mais do que seis empregos em sua vida profissional; atualmente, essa proporção subiu para 25%.

Nesse sentido, segundo a gerente de Recursos Humanos da Hipolabor, Eunice Tadim, desenvolver um trabalho que mantenha os colaboradores motivados é fundamental para permanecer com uma equipe consolidada. A empresa, que completa 30 anos em abril deste ano, também vai comemorar o aniversário de muitos colaboradores. Atualmente, 30% dos cerca de 600 funcionários estão na empresa há mais de cinco anos e 20% da equipe é formada por profissionais com mais de 10 anos de atuação. Para a gerente de RH, a quantidade de colaboradores antigos é fruto de um clima organizacional favorável ao bem-estar e segurança deles. "Também buscamos melhorias contínuas tanto no processo de trabalho quanto na valorização das pessoas. Temos uma equipe estratégica multidisciplinar que se reúne semanalmente para discutir os desafios e propor ações", afirma.

O capital humano é, de acordo com Eunice Tadim, fundamental para o crescimento da empresa. "Realizamos um acompanhamento diário dos colaboradores para também auxiliar no desenvolvimento profissional deles, além de oferecer oportunidades internas para crescimento e promoções. Uma equipe integrada e que se identifica com os valores da empresa colabora diretamente para que possamos crescer e se tornar uma das melhores do país", completa.
 
Início de carreira - A coordenadora de projetos Amanda Karine Araújo, da Platão Sistemas, especializada no desenvolvimento de soluções em TI para os segmentos de educação, prestação de serviço, locação, projetos e construção civil, iniciou sua carreira na empresa em 2007 como estagiária. Na época, fazia pré-vestibular e entrou para trabalhar como suporte aos clientes. "Eu não tinha nenhuma experiência na área mas, depois de um tempo, decidi mudar de curso e fazer sistemas de informação por causa da Platão", revela.

Antes de conquistar o cargo de coordenadora de projetos, Amanda Araújo passou por todas as áreas da empresa, o que proporcionou a ela um conhecimento geral de todos os processos. "Aprendi tudo sobre informática, sistemas, suporte técnico, relacionamento com os clientes e colegas. Estou em um departamento que gosto muito e minha meta é chegar até o posto mais alto de minha área de atuação", diz.

Já o diretor de Desenvolvimento da Platão, Wellington Cordeiro, na empresa há cinco anos, se sente motivado a aprender mais além de desenvolver os conhecimentos adquiridos. "A empresa me deixa à vontade para que eu possa encarar desafios e contribuir com ideias inovadoras."

Há 12 anos, Elisângela Alves atua na Matur Organização Contábil. A funcionária já atuou em vários setores dentro da empresa, sempre na área tributária e de gestão. Atualmente, é diretora Operacional. "A Matur está sempre inovando, o que faz termos sempre novos desafios", comenta.

Para Elisângela Alves, trabalhar muitos anos em um mesmo lugar traz segurança e a Matur lhe deu a oportunidade de poder crescer dentro de um mesmo lugar. "Busco conhecimento e resultado. Assim, a empresa cresce e eu vejo o resultado, o que é muito motivante", afirma.

De acordo com o diretor da Matur, Mário Mateus, é por meio do funcionário que a empresa multiplica as melhores práticas e atitudes. " importante criar um ambiente de aprendizagem coletiva para termos uma equipe de alto desempenho e qualidade", pondera.

Além disso, Mário Mateus afirma que, para manter um colaborador tantos anos na empresa, é preciso repassar os conhecimentos da empresa e ao mesmo tempo aprender junto com o trabalhador, buscando saber quais são suas experiências, reconhecendo-o e valorizando-o por essas ações. " prestigioso que o funcionário valorize a empresa em que ele trabalha, mas ao mesmo tempo é necessário que a empresa, também, valorize seu funcionário", conclui.(Reportagem Local).

Fonte: http://www.diariodocomercio.com.br

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