STEVE JOBS, JÁ DEU UM CONSELHO BRILHANTE SOBRE CONTRATAR BONS FUNCIONÁRIOS. LEIA EM DUAS FRASES

Steve Jobs poderia ser uma pessoa que tinha o ego muito inflado quando era presidente da Apple, mas ele sabia o seu lugar na era da informação quando falou:

“Não faz sentido contratar pessoas inteligentes e dizer a eles o que fazer; nós contratamos pessoas inteligentes para que eles nos digam o que fazer.”

Brilhante e direto. A melhor ação possível é, intencionalmente, não ser a pessoa mais inteligente do local. E outras figuras icônicas concordam. Como Lee Iacocca disse uma vez, “eu contrato pessoas que são mais inteligentes do que eu e saio da frente delas.”

Embora pessoas inteligentes possam ser encontradas para cima e para baixo no seu organograma, há um termo mais específico para o tipo de pessoas que Jobs e Iacocca estavam falando: trabalhadores do conhecimento.

A era dos trabalhadores do conhecimento

Criado pelo especialista em gestão, Peter Drucker, em 1959, o termo “trabalhadores do conhecimento” é atribuído a pessoas que tem como foco principal pensar para viver. Eles trabalham com a cabeça, não com as mãos, para planejar, analisar, organizar, testar, programar, distribuir, pesquisar, comercializar, ou de outra forma, contribuir para a transformação da informação na economia do conhecimento.

Drucker quase profetizou, antes de sua morte em 2005, que o aumento da produtividade dos trabalhadores do conhecimento seria a contribuição mais importante que gerentes precisam realizar no século XXI.

Isso leva a pergunta de um milhão de dólares: Como você os gerencia? Como você gerencia pagamentos altos, pensadores independentes que gostam de controlar o processo do próprio trabalho e não gostam de ser gerenciados, e que possuem a maneira própria de inovar, desenvolver e produzir?

Da mesma forma que todo mundo. Você os trata como seres humanos de valor.

Para isso, será preciso uma liderança forte. A boa notícia é que para gerenciar as pessoas mais inteligentes do prédio, você não precisa ser mais inteligente que elas.

3 segredos para liderar trabalhadores do conhecimento

Assim como profissionais de alta performance, trabalhadores do conhecimento têm orgulho do seu trabalho e querem entregar o melhor aos seus clientes. E eles querem crescer e alcançar novas possibilidades na carreira.

Confira as três maneiras de inspirar e impulsionar os trabalhadores do conhecimento:

Redistribua a tomada de decisão

Na economia do conhecimento, os estilos de gerenciamento hierárquico de cima para baixo, que direcionam o tráfego de maneira única, sem estrada, entrará em colapso, porque os funcionários normalmente sabem mais do que os chefes sobre suas próprias áreas de especialização.

E além de estarem mais perto do chão, eles também podem saber mais sobre as necessidades, desejos e expectativas do cliente para solucionar problemas, deliciar e oferecer uma experiência melhor ao cliente. É por isso que Drucker aconselhou os gerentes, “os trabalhadores do conhecimento têm de se administrar. Eles precisam ter autonomia.”

Por outro lado, empresas de alta performance que empoderam os trabalhadores do conhecimento, são normalmente mais horizontais. Informação é compartilhada abertamente entre menos níveis, e as pessoas estão acostumadas a usar isso para tomar melhores decisões mais rapidamente.

Olhe o exemplo da rede de varejo de luxo Nordstrom, que tem sede em Seattle. Ela tem uma cultura, de empoderamento de funcionários, muito forte na tomada de decisão, principalmente na linha de frente. No livro Nimble, Focused, Feisty, a autora Sara Roberts, consultora executiva da Fortune 500 Companies, descreve a maneira de agir da Nordstrom:

A Nordstrom se estruturou para que os empregados tenham tanto poder na tomada de decisão que eles tratam os clientes da mesma forma que gostariam de ser tratados. Os empregados são encorajados a tomar decisões difíceis, sempre que for preciso satisfazer o cliente. Enquanto isso, a hierarquia da organização é estruturada para suportar que os funcionários realizem essas ações. Por quê? Porque Nordstrom acredita que as relações entre clientes e funcionários é crítica para capturar o cliente a longo prazo.

Outras organizações que compartilham essas tomadas de decisão, são também mais horizontais e com isso ficam mais próximas do usuário, pesquisas, produto ou mercado porque é onde as melhores soluções são reconhecidas e podem responder mais rapidamente.

Suporte e liderança de trabalho em equipe

Na economia do conhecimento, líderes constroem comunidades ao criar relacionamentos. Isso significa que investir tempo em seus trabalhadores mais valiosos para conhecer quem eles realmente são.

Deixe-me fazer uma pergunta: Como um líder, quão bem você conhece as pessoas que trabalham com você? Você sabe quais foram os acontecimentos que tornaram a pessoa quem ela é hoje? Você sabe quais são os planos e sonhos dos seus funcionários, para o futuro? Líderes usam a relação e os laços para gerar maior colaboração.

Ao criar uma atmosfera de equipe, líderes equilibram as relações para ter certeza que está alinhado com a vida pessoal dos trabalhadores e os objetivos da empresa. Quando é claro que existe um desalinhamento, líderes devem encontrar uma forma de satisfazer seus funcionários (contato que não prejudique a empresa).

Apoiar e liderar uma equipe é mais do que dar trabalho as pessoas certas, vem desde o momento da contratação até as promoções. Líderes podem inclusive cobrar a equipe pela performance de um novo colega de trabalho, na intenção de mostrar que confia na equipe.

No final, garantir que a abordagem que tem com a equipe se resume em chefes não ficarem só se olhando no espelho achando que estão fazendo um bom trabalho e dependendo do talento coletivo de sua equipe.

Karen Dillon, uma das fundadoras do Harvard Business Review e co-autora do Competing Against Luck: The Story of innovation and Customer Choice, escreveu para HBR:

Quando eu finalmente foquei em ser uma líder, ao invés de ser uma chefe nova e inexperiente, eu comecei a perguntar para meus colegas como eu poderia ajudá-los a entregar o trabalho ao invés de simplesmente tentar descobrir por conta própria. Com isso eu sinalizei que me importo com a opinião e experiência deles, e que eu não estava pressupondo que teria que levar a equipe nas costas sozinha.

Dillon também diz que depois disso, a sua equipe ganhou um prêmio muito reconhecido na indústria no ano seguinte – uma conquista que ela atribui a equipe forte que tem, mas só depois de ela deixar que eles pudessem tomar as rédias.

Escute mais do que fale, para mostrar que valoriza a experiência dos outros

Essa dica é uma extensão da dica anterior porque ela é muito importante para o sucesso. Construir relações pessoais é a melhor forma de garantir que seus funcionários sintam-se ouvidos.  Isso significa que os líderes mais receptivos vão escutar as necessidades, perguntar o que é mais relevante, e buscar compreender genuinamente a melhor forma de desenvolver seus colaboradores na direção correta.

O coronel aposentado da Força Aérea dos Estados Unidos, consultor de líderes, e autor Lee Ellis recentemente entrevistou Tom Crawdford da Crawdford Corporate Coaching, que enquadrou trabalhadores do conhecimento de uma forma sucinta

– Conhecimento é poder

– Conhecimento compartilhado é ainda mais poderoso

– Conhecimento da pessoa da empresa que vê isso todos os dias é o mais poderoso de todos

Mais sobre esses pontos nesse post do LinkedIn, Ellie diz que “líderes precisam estar sempre escutando as ideias e insights das pessoas dos níveis mais baixos”. Enquanto isso pode parecer sem planejamento, Ellis diz que o oposto costuma ser verdade: “Quanto mais alto você está em uma organização, mais difícil é se curvar e escutar”.

“Escutar estrategicamente não é uma prática comum ou natural entre os líderes sênior que estão frequentemente ocupados, porque requer tempo, paciência e fé no poder e na capacidade dos outros”, afirma Ellis.

Ele continua, “e assim como outras características de grandes líderes, escutar estrategicamente requer uma rara combinação entre confiança e humildade que poucos de nós tem naturalmente.”

Para finalizar

Se você perceber que está gerenciando a pessoa mais inteligente da sala, lembre-se: A regra universal de qualquer trabalhador do conhecimento não é diferente do resto de nós. É trabalhar em algo significativo, ser respeitado, ajudar nos mínimos detalhes uma comunidade de excelência e compartilhar valores, e finalmente, deixar uma marca no mundo. E o maior objetivo que os líderes tem que buscar é uma questão de coração: fazer com que seus funcionários se tornem melhores trabalhadores e seres humanos.

Fonte: Inc.com - Via: http://www.spsconsultoria.com.br

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