SETE A CADA DEZ EMPRESAS ATRASARAM PAGAMENTOS ESSENCIAIS NO MÊS DE JULHO
O 8º Boletim de Tendências das Micro e Pequenas Indústrias do Estado de São Paulo, promovido pelo Simpi/Datafolha confirma o quadro de agravamento econômico no período de pandemia do coronavírus.
Sete a cada 10 empresas, perderam clientes e fornecedores ou foram atingidos por falência ou recuperação judicial. A resposta imediata foi o atraso nos pagamentos essenciais. Confira o levantamento:
- 23% deixou de pagar contas de consumo como energia elétrica, água e gás;
- 21% deixou deixou de pagar fornecedores, matéria prima e insumo;
- 16% deixou de pagar aluguéis;
- 17% não pagou parcela de financiamento ou empréstimo.
Para o presidente do Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias, Joseph Couri, se os créditos prometidos pelo Governo Federal não chegarem à essas empresas, teremos um aprofundamento dessa crise com reflexos duradouros.
“Quando uma empresa quebra, não retoma produção. Ela fica em recuperação judicial até se recuperar. Isso afeta diretamente o poder de compra e o consumo, porque aqueles que trabalham nessas empresas ou perdem empregos ou têm redução salarial, impactando a demanda e o consumo”, explica.
A redução do número de empregados atinge 25% das microempresas e 34% nas pequenas. A coleta de dados foi realizada entre os dias 21 a 30 de julho passado.
Receita
Os dados da RFB também não foram diferentes, apresentando a pior arrecadação em 11 anos.
A arrecadação total das Receitas Federais atingiu, em julho de 2020, o valor de R$ 115.990 milhões, registrando decréscimo real (IPCA) de 17,68% em relação a julho de 2019.
No período acumulado de janeiro a julho de 2020, a arrecadação alcançou o valor de R$ 781.956 milhões, representando um decréscimo pelo IPCA de 15,16%.
Quanto às Receitas Administradas pela RFB, o valor arrecadado, em julho de 2020, foi de R$ 110.540 milhões, representando um decréscimo real (IPCA) de 15,35%, enquanto que no período acumulado de janeiro a julho de 2020, a arrecadação alcançou R$ 747.757 milhões, registrando decréscimo real (IPCA) de 14,97%.
O resultado tanto do mês quanto do período acumulado foi bastante influenciado pelos diversos diferimentos decorrentes da pandemia de coronavírus.
Os diferimentos somaram, aproximadamente, R$ 81,9 bilhões no período acumulado e R$ 516 milhões em Julho. As compensações cresceram 95,83% no mês de julho de 2020 em relação a julho de 2019 e também apresentaram crescimento de 45,04% no período acumulado. Destaca-se, ainda, que no período observaram-se receitas extraordinárias de IRPJ/CSLL que contribuíram para o resultado.
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